3 de Julho: Um Chamado Contra o Racismo Estrutural

3 de Julho: Um Chamado Contra o Racismo Estrutural

O Dia Nacional de Combate ao Racismo, celebrado em 3 de julho, é mais do que uma data no calendário — é um convite à reflexão e ao enfrentamento de uma das marcas mais dolorosas da história brasileira: o racismo estrutural.

A data remete a um marco jurídico importante. Em 3 de julho de 1951, foi sancionada a Lei Afonso Arinos, a primeira a considerar o racismo uma contravenção penal no Brasil. Embora com alcance limitado, essa legislação representou o início do reconhecimento oficial da discriminação racial como algo a ser combatido. A partir dela, vieram avanços como a Lei Caó (1989), que tipificou o racismo como crime, e o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), que consolidou direitos e diretrizes para a promoção da equidade racial.

Contudo, o desafio está longe de ser superado. O racismo continua presente nas desigualdades de renda, no acesso à educação, na exclusão do mercado de trabalho e na sub-representação política e midiática da população negra e indígena. Combater essas injustiças exige mais do que leis: é preciso investir em políticas públicas eficazes, educação antirracista e participação ativa da sociedade.

Comemorar o 3 de julho é, portanto, reafirmar o compromisso com uma sociedade mais justa, diversa e inclusiva. É reconhecer que lutar contra o racismo não é dever apenas das vítimas, mas de todos que acreditam em respeito, igualdade e humanidade.

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